Atividades físicas

Atividades físicas e Transplante Renal

O transplante renal pode proporcionar uma melhor qualidade de vida para a pessoa e para a família/pessoas de referência. Em virtude da rigidez do tratamento hemodialítico, a realização do transplante renal representa, muitas vezes, a esperança de uma vida com mais liberdade e qualidade.

A prática clínica tem demonstrado que a qualidade de vida dos doentes transplantados pode melhorar com a prática regular de exercício físico, diminuindo o risco de doença cardiovascular e diabetes que é aumentado por alguns medicamentos imunossupressores.

A prática desportiva após a realização de um transplante é recomendada mas com alguns cuidados.

“O exercício físico pode e deve ser praticado pelas pessoas transplantadas, mas nunca antes dos 3 meses após o transplante e preferencialmente 6 meses após a intervenção”.

A prática regular de exercício físico é importante para controlar o peso, prevenir uma série de doenças e proporcionar um bem-estar físico e emocional que quem só pratica, entende. No entanto, apesar de estar recomendado para as pessoas que foram alvo de um transplante, deve ser orientado por profissionais competentes e respeitar alguns ítens:

  • A cicatrização total da ferida cirúrgica ocorre entre a 6ª e a 8ª semana pós-cirurgia. Durante este período não convém levantar objectos muito pesados; empurrar ou puxar objetos grandes ou de muito peso nem realizar actividades que produzam ou aumentem a dor no local da cirurgia.
  • Depois deste período, os exercícios físicos podem aumentar de intensidade.
  • Desportos de contacto, que possam provocar choque na região abdominal (como o futebol, andebol, jiu-jitsu, karaté, basquetebol, etc) devem ser evitados.
  • Exercícios físicos durante episódios de rejeição são contra-indicados.
  • Caminhadas, andar de bicicleta e nadar em piscinas limpas são excelentes exercícios, após a cicatrização.
  • Deitar-se ou levantar-se bruscamente é contra-indicado.
  • Deve parar qualquer actividade física se surgir cansaço ou falta de ar.

“Os desportos violentos e que implicam contacto podem não ser aconselháveis e poderá haver cuidados especiais até ao retorno a um desporto de alta competição”

Quem doa órgãos também pode e deve praticar exercício físico. Os doadores podem praticar desporto sem restrições significativas após terem completado a sua recuperação.